sábado, 31 de maio de 2008

O chororô do “Animal”!

Olá caros amigos, colegas e curiosos! Alô você gente boa!


Estou estreando esse blog, e espero muito, que todos gostem e troquem muitas idéias comigo. Sintam-se à vontade para criticar, elogiar ou apenas deixar seus comentários.

Andei pensando em qual seria o primeiro assunto que abordaria aqui, eram muitos, e fiquei na dúvida por alguns dias. Então, acabei indo por onde mais gosto. Futebol! E não posso deixar de falar do “ataque de puberdade” do Edmundo.

Na partida de quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil contra o Sport, o atacante vascaíno, foi do céu ao inferno em menos de 20 minutos. Marcou o gol salvador, aos 45 minutos do segundo tempo, o que levou a partida para os pênaltis. Edmundo cobrou o primeiro da seqüência de cobranças obrigatórias; São Januário estava lotado e a torcida aguardava apreensiva, pois sabia do histórico de pênaltis decisivos desperdiçados pelo jogador.
Eu assistia pela televisão, e mesmo antes dele bater, eu acreditava estar revendo as cobranças decisivas que ele já havia perdido. Não me acho vidente, pois alguns comentaristas de futebol acreditam ser, mas acho que além de mim, muitos tenham tido a mesma sensação, principalmente a torcida do Vasco.

A cena se repetiu! Edmundo foi para a bola e chutou longe, por cima da meta do goleiro Magrão, o mesmo que levou o milésimo gol do Baixinho, na mesma trave, e também de pênalti. O atacante levou as mãos à cabeça, desesperado, o silêncio foi ensurdecedor. Em minha sala, ouvia uma salva de fogos, provavelmente de torcedores Rubro-Negros. Confesso que minha reação foi de lamento. Todos os outros jogadores bateram e converteram, o Sport se classificou para a final.

No início da noite da quinta-feira, Edmundo chegou a São Januário claramente abalado, com a cabeça raspada, e comunicou aos jornalistas que estava indo a sala do presidente do Vasco, Eurico Miranda, anunciar sua aposentadoria.

Galera, o Edmundo é um dos melhores atacantes que tive a oportunidade de assistir jogar(entre os brasileiros), só fica atrás do Ronaldo Fenômeno e do Baixinho, que é o Rei da grande área. Ele me proporcionou, uma das maiores exibições de futebol arte que tiver oportunidade de ver nos meus 25 anos de vida. Foi no Brasileirão de 1997, Vasco 4 x 1 Flamengo, e tinha tudo para ser um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Mas com atitudes como essa de quinta-feira, e atacante foi perdendo expressão para o mundo do futebol.

Sempre que era desacreditado demonstrava força para voltar, e mais uma vez estava fazendo isso. Desde sua volta por cima no Figueirense, em 2005, o atacante demonstrava maturidade não vista antes. Após a ultima quinta, fico na dúvida se o Edmundo instável, inconseqüente, que age como um adolescente quando está sobre pressão, nunca foi embora. Como pode o ídolo de uma torcida, abandoná-la? Como pode um profissional, com seu contrato a cumprir, dizer que vai abandonar o futebol e quebrar um compromisso?

Acredito que este Edmundo que está agora no Vasco, perdeu a cabeça mais uma vez e a noção de profissionalismo. Além disso, e principalmente, a noção de que um ídolo não abandona seus fãs de cabeça baixa, não se esconde nos momentos difíceis. Apoiei a atitude do Presidente, Eurico Miranda, em não permitir que o Edmundo se aposentasse. Essa foi uma das poucas atitudes dele que foi possível concordar.

Continuo torcendo para que o “Animal” faça valer seu apelido, dentro de campo, e deixe os gramados com a cabeça erguida, como ídolo que ele é. Não como o vilão de uma torcida.